SEJAM BEM-VINDOS(AS)!!! DEUS É PURA BONDADE, NÃO PUNE, EDUCA, NÃO É VINGATIVO, MAS JUSTO. ENFIM, DEUS É O MELHOR AMIGO QUE ALGUÉM PODE TER, E EM MOMENTOS DIFÍCEIS, QUANDO MUITAS VEZES PENSAMOS QUE ELE NOS ESQUECEU, SE ABRIRMOS NOSSO CORAÇÃO, IREMOS ENXERGAR MUITO ALÉM DA NOSSA VISÃO LIMITADA, ENTENDENDO QUE TUDO ELE FAZ NO DEVIDO TEMPO. ESSE BLOG É UMA PROVA DISSO!! ASSIM SEJA!!
quarta-feira, 6 de abril de 2011
SÓLIDA AMIZADE
Quem de nós já não se decepcionou com um amigo? Alguém a quem se entregou o coração e, em algum momento, nos traiu a confiança ou nos voltou as costas?
Alguém de quem esperávamos todo o apoio e nos falhou, na hora precisa?
Qualquer uma dessas circunstâncias nos magoará e se constituirá em quebra da afeição.
Por essa razão, a lição de dois meninos é tão marcante.
Eles haviam nascido no mesmo dia, mês e ano. Um era judeu. O outro, alemão.
Nove anos era a idade deles. Um era natural da Polônia e habitara uma casa, com vários cômodos, em cima da relojoaria do seu pai.
Um dia, tudo lhe foi tirado e ele se viu prisioneiro, em meio a outros milhares, padecendo fome. Para vestir, um estranho pijama listrado, com boné no mesmo padrão.
O outro nascera em Berlim, vivera numa casa muito grande, de três andares. Agora, residia no campo e vivia a reclamar da casa menor e da falta de amigos.
Encontraram-se, um dia, um de cada lado de uma interminável cerca de arame farpado. Bruno, o menino alemão, se sentia solitário e se pôs a conversar com o outro.
Nenhum dos dois entendia muito do que acontecia ao seu redor. Mas se tornaram amigos. Viam-se todas as tardes.
Um dia, ao entrar em casa, Bruno viu ali o amigo do pijama listrado. Lustrava os cristais com seus dedos miúdos.
Bruno se serviu de um lanche e ofereceu ao outro, sempre faminto.
Mal colocara na boca um pedaço de frango, adentrou a cozinha um oficial. Vendo que o pequeno prisioneiro estava comendo, o inquiriu, de forma grosseira, acusando-o de roubar comida.
Sem malícia alguma, o menino disse que fora seu amigo quem lhe ofertara o lanche.
Mas Bruno estava tão assustado com a truculência do oficial, com a inquirição que lhe era feita, que se deixou tomar pelo pavor.
E, apavorado, negou conhecer o outro, negou ter-lhe dado comida, o que, para aquele valeu violento castigo.
Dias passados, Bruno retornou ao local onde costumava encontrar o amigo. Havia tristeza e muitos hematomas no rosto do aprisionado.
Peço desculpas, disse Bruno. Tive muito medo, naquele dia. Você ainda quer ser meu amigo?
E, então, a mão esquálida do judeu se estendeu para o lado de fora da cerca. Bruno a apertou.
Era a primeira vez que se tocavam. Era o toque da amizade sólida, que sempre perdoa.
* * *
Amizade é um exercício de amor. Amor de amigo é inigualável. Já disse Jesus, ao seu tempo, que o amigo dá a sua pela vida do amigo, santificando assim esse sublime sentimento.
Por isso, o amigo perdoa as fraquezas do outro, perdoa as suas falhas e continua amigo.
Felizes aqueles que enflorescem a alma com amizade, enriquecendo-se de paz, granjeando gratidão pelos caminhos que percorre.
Redação do Momento Espírita, com base em cenas do filme O menino do pijama listrado.
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