segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DEUS ME AMA TÃO PROFUNDAMENTE, QUE:

Não me livra dos problemas que eu preciso enfrentar, para amadurecer e me sentir mais forte. Não me poupa das tristezas e decepções, que são necessárias para o meu crescimento. Me permite experimentar a dor física e a dor da alma, para que eu me torne cada vez mais sensível e mais humana. Não tem me dado uma vida de riquezas e nem de facilidades. Mas também não tem me dado uma vida de pobreza extrema e nem de necessidades. Ele me dá uma vida, onde eu possa ter, na medida certa, tudo que preciso para viver com honestidade. Ele me fez entender que o meu tempo aqui é curto, para acumular coisas desnecessárias à minha espiritualidade. Ele tem me dado, principalmente, o que eu posso levar comigo, quando eu partir, e entregar a Ele, no momento do nosso encontro. Deus, em sua suprema sabedoria, sabe o que eu preciso para ser feliz. Ele sabe que a minha felicidade não está nas coisas materiais. Ele sabe que se eu tivesse uma vida de riquezas, provavelmente, eu daria tanto valor as futilidades que até me esqueceria Dele. E se eu esquecesse Dele, logo chegaria um dia em que eu me sentiria extremamente infeliz. Repleta de valores materiais, mas vazia por dentro. Tem feito de mim, uma pessoa forte, esforçada, lutadora, que sonha, que chora, que cai e se levanta, que olha pra cima, e que vê longe... Muito além do que se pode tocar com as mãos. Tem feito de mim, uma pessoa que busca dar a sua parcela de contribuição para a vida. E que vive para realizar o que anseia espiritualmente. Mesmo que sozinha. Porque sozinha nunca estarei. Tenho o profundo amor de Deus comigo. Deus me ama tão profundamente, que me fez entender: Que o tempo que eu perco nas minhas lutas diárias, que a dor física e a dor da alma me aproxima mais Dele. Que nas minhas tristezas e decepções ele está sempre comigo. Que não consiga nada com tanta facilidade! Porque assim, eu consigo valorizar minhas pequenas conquistas. Que eu tenho problemas para enfrentar! Porque assim eu aprendo, evoluo e amadureço. Que eu tenho momentos de tristezas, para que depois, eu possa festejar a minha alegria! Que eu não tenho nada do que reclamar, tenho somente o que agradecer a Deus por tudo! O Senhor, em sua suprema sabedoria, sabe o que eu preciso para ser feliz. FONTE NÃO INFORMADA.

FANATISMO E TOLERÂNCIA

É natural que nas nossas escolhas, nas nossas andanças, encontremos essa ou aquela filosofia de vida que mais nos pareça adequada. É compreensível que a escolha religiosa de cada um de nós tenha um caráter próprio e pessoal, que mais concorde com nossa visão de mundo e de Deus. Assim também escolhemos o partido político, o time de futebol, o esporte preferido para praticar, o hobby para os momentos de lazer, que nos pareça o melhor, e que tenha mais significado para nós. Como temos histórias de vida diferentes, percepções de mundo, valores, capacidades intelectuais e emocionais muito pessoais e individualizadas, cada um de nós faz suas escolhas externas em coerência com aquilo que já conquistou intimamente. Dessa forma, mesmo que não concordemos com a opção de vida de outrem, mesmo que tal ou qual situação jamais possa ser nossa escolha, para alguém isso pode ser o melhor. Portanto, compreender que não serão todos que aceitarão a nossa religião como a melhor, que verão nossa profissão como a mais acertada escolha ou que conseguirão entender nossas opções, tudo isso faz parte da vida. Todas as vezes que tentarmos forçar alguém a pensar como nós, entraremos em campo perigoso. Quando somos intolerantes com as opções distintas das nossas, quando não vemos com naturalidade outros caminhos trilhados por tantos, estamos demonstrando nossa inflexibilidade com a diversidade do pensar e do agir alheios. O próximo passo, seguido à intolerância, será certamente o do fanatismo. Quando não conseguimos aceitar as opções alheias, não conseguimos ver outros caminhos para trilhar, tendemos a impor nossas escolhas como a única verdade e a única opção lícita e saudável. Seremos aqueles que tentaremos impor nossa religião, nossa filosofia de vida, nosso esporte ou nosso hobby aos que nos cercam, para que eles se convençam da nossa certeza, esquecendo-nos de que ela é nossa e de mais ninguém. Disso concluímos que não nos cabe impor a ninguém nossa crença, seja religiosa, seja de vida, ou de qualquer matiz. * * * Se convidados a opinar sobre o que seja, que possamos expor nosso ponto de vista com naturalidade e tranquilidade, mas sem pretensão ou arrogância, como se o nosso caminho fosse o único que conduz para a felicidade, para o bem-estar. Quando temos necessidade de impor o que pensamos, mostramos não só a fragilidade e incertezas que carregamos, como a necessidade constante de autoafirmar nossas crenças. Numa sociedade tão diversificada como a nossa, pratiquemos a tolerância e a compreensão para com o próximo. Mesmo as opções errôneas que o outro, porventura, tenha feito, serão lições preciosas para seu aprendizado, que talvez não ocorressem se não fosse de tal maneira. Permitamos a cada um a liberdade do pensar e do agir, fazendo, de nossa parte, as opções que nos levem à felicidade, à paz e à consciência tranquila. Redação do Momento Espírita.

AFETOS NÃO SE APAGAM

Nathan sempre sonhara ser médico. A vida lhe pediu que desistisse de seu sonho. Cedo precisou auxiliar a sustentar seus pais e irmãos. E cada vez seu sonho se tornava mais distante. Décadas depois viu seu neto, pelo qual tinha um carinho especial, apresentar a mesma vontade. Mas Nathan morreu quando o menino tinha apenas nove anos de idade. Aos 23 anos, Kevin mantinha o sonho sempre mais forte. Queria ser médico, curar as pessoas. Como seus pais iriam pagar a faculdade era uma incógnita. O curso era muito caro. Eles eram corretores de imóveis e faziam o possível para fechar o maior número de negócios. Certo dia, o pai de Kevin viu, no jornal local, o anúncio de alguém que queria vender uma casa. Embora não costumasse entrar em contato com quem anunciava por sua própria conta, algo o fez telefonar. Os donos tinham anunciado diretamente, desejando vender a casa, sem a necessidade de pagamento de comissão a corretores. Mas acabaram marcando com o pai de Kevin uma visita para que ele conhecesse a casa. Agendaram para a terça-feira. Quando Sherman falou com a esposa a respeito, ela o lembrou que ele tinha um compromisso anteriormente marcado. Sherman ligou para os donos da casa e mudou a visita para a segunda, às quinze horas. Mais tarde, eles tornaram a telefonar pedindo que ele fosse na segunda, mas pela manhã, às 11 horas. Quando chegou ao local, Sherman descobriu que aquela casa tinha sido habitada pelos seus sogros, 15 anos antes. Comentou isso com os proprietários mas, antes que continuassem a conversar sobre a estranha coincidência, a campainha tocou. Era o carteiro. Sherman ouviu o casal informar: Não. Ninguém chamado Nathan Stein mora aqui... Sherman se levantou rápido da cadeira e gritou: Era meu sogro! Com as devidas explicações ao carteiro, conseguiu que a carta lhe fosse entregue, mediante assinatura de recebimento. Era um informativo de um banco a respeito de uma conta corrente em nome de Nathan. Dizia que tal conta seria fechada em breve se ninguém a viesse reclamar, pois estava sem movimentação há anos. O valor? Quinze mil dólares! Sherman, sua esposa e seu filho tiveram, logo, a certeza. Fora Nathan que, de alguma forma, do mundo espiritual, envidara esforços para que ele estivesse lá, naquele momento. Fui levado até lá no momento certo, disse Sherman. Meu sogro desejava que seu neto tivesse o dinheiro para pagar o primeiro ano da faculdade. E a filha, mãe de Kevin, tem certeza de que seu pai que sempre cuidou dela, continua a cuidar até hoje. * * * A morte, de forma alguma rompe os laços do amor. Da espiritualidade, os nossos amores prosseguem a velar por nós. Pais se esmeram no cuidado aos filhos que permaneceram na carne. Filhos, esposos, amigos têm os olhos voltados para nós, abençoando-nos ainda com seu afeto especial. Com os Imortais aprendemos que os bons espíritos fazem todo o bem que lhes é possível. Sentem-se ditosos com as nossas alegrias. Afligem-se com os nossos males, quando os não suportamos com resignação, porque então nenhum benefício tiramos deles. Eles se compadecem dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Assim, os bons Espíritos nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro. Os parentes e amigos que nos precederam na outra vida, por nos votarem afeição, nos protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que disponham. Eles, como nós, são muito sensíveis aos sentimentos de amor e afeição. Redação do Momento Espírita, com base em texto do livro Mensagens de amor e amizade de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Butterfly e nos itens 484 a 488a de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

AFLIÇÕES

No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos. Ninguém gosta de sofrer. No entanto, Jesus cristo nos disse: “no mundo só tereis aflições.” São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos. Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos. Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma. São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta. O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação. Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar. Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento. Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas. Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte. Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço aplicado no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida. E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular? Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço,testes. Reveses. Inquietudes. Aflições. Em tudo há sofrimento pois em tudo existe a necessidade do esforço material, de conformidade com o nível evolutivo do mundo em que vivemos. No mundo só teremos aflições! São os sofrimentos desse mundo, os empeços materiais que se apresentam. Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração. Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos. Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes. Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos. Quando desejamos que as coisas não passem, não mudem ou não terminem, sofremos novamente. Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também. Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam. Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição. Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos. E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé. *** Todos desejamos ser feliz. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, todos desejamos evitar os sofrimentos. Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para felicidade em coisas pequenas. Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos. Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança. Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje. Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 10 do livro O despertar da alma, de Cristian Macedo, Sociedade Espírita Esperança.

AJUDA-ME A OLHAR?

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, resolveu levá-lo para que conhecesse o mar gigantesco. Viajaram para o sul. O oceano estava do outro lado dos bancos de areia, esperando. Quando o menino e o pai alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar apareceu na frente de seus olhos. Foi tanta a imensidão do mar, tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo com tamanha beleza. E, quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: "Pai, me ajuda a olhar?" * * * Nós, pais, estamos no mundo para ajudar nossos filhos a olhar. Por trás desse me ajuda a olhar, de menino inocente e admirado, estão as grandes questões da educação no lar. A pergunta do filho poderia ser entendida como: Pai, me ajuda a perceber todas as belezas, as nuances, tudo que ainda não consigo perceber? Ajuda-me a saber admirar as coisas importantes da vida, você que já viveu tanto e tem tanta bagagem de mundo, tanta experiência? Ajuda-me a compreender a existência, seus desafios, seus objetivos maiores? Ajuda-me a não temer os problemas, a aprender com eles, toda vez que resolverem aparecer? Ajuda-me a caminhar? Sem precisar caminhar por mim, pois tenho que descobrir meus próprios passos, mas, nos primeiros, principalmente, você fica ao meu lado? E quando eu cair, você vai estar lá? Pois muitas coisas neste mundo me assustam, e preciso de uma segurança, de um lar para onde eu possa voltar. Ajuda-me a olhar para dentro de mim, pai? Preciso me conhecer para me amar, para me perdoar e não deixar que a culpa me faça menor. Ajuda-me a olhar para dentro de mim? A descobrir minhas potencialidades, minhas habilidades, o que tenho de bom? Pois se você, pai, disser: "Você pode, meu filho. Você tem capacidade você é inteligente..." Aí sim, vou acreditar. E, se nessa busca eu encontrar algo que não goste, não suporte, você me ajuda a eu não desistir de mim mesmo? Por isso preciso de você aqui, ao meu lado, me ensinando a olhar o mundo e a mim com olhos de quem quer a paz e não mais a discórdia, a violência. Por isso preciso que me ensine a olhar, que me ensine a escolher para que, um dia, quando meus olhos estiverem vendo o oceano, da altura dos seus... eu então possa dizer ao meu filho: "Vou lhe ensinar a olhar, meu filho, não se preocupe. Segure firme em minhas mãos e vamos olhar o mundo juntos... Sempre juntos." * * * Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, em O livro dos Espíritos assevera: Os Espíritos apenas entram na vida corporal para se aperfeiçoar e melhorar. A fraqueza da idade infantil os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É então que podem reformar seu caráter e reprimir suas más tendências. Este é o dever que Deus confiou a seus pais, missão sagrada pela qual terão de responder. Redação do Momento Espírita com base em trecho de O livro dos abraços, de Eduardo Galeano, ed. Porto e no item 385 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.