quarta-feira, 9 de março de 2011

A PROVIDÊNCIA DIVINA




Você já se deu conta que o não de Deus é a melhor resposta?

Já percebeu quantas vezes você pediu alguma coisa ao Criador e não obteve êxito?

De um modo geral, não apreciamos a resposta negativa.

Porém, passado um tempo, concluímos que o que Ele nos enviou foi o melhor.

O adágio popular diz que Deus escreve certo por linhas tortas.

A verdade é que Deus escreve certo por linhas certas.

Lemos, há algum tempo, a história de uma americana que relaciona muitas situações de sua vida em que a Providência Divina se apresentou de forma diversa à solicitada.

Por exemplo, a filha chegou muito chorosa da escola porque não conseguira um papel para a peça de final de ano.

Era o que ela mais queria, mais ansiava.

Por alguns dias, permaneceu tristonha. Até irromper portas adentro do lar, eufórica.

Recebera um convite para um curso muito importante em outra cidade. Era necessário se apresentar imediatamente.

Se ela fizesse parte do elenco da peça da escola, não poderia agora cursar o que lhe era decisivo para a carreira profissional.

Em outro momento, o marido foi transferido para uma outra cidade.

Veio o impasse. Seguir a família também ou não? As crianças teriam problemas na escola?

Ela, Beti, precisaria deixar o emprego. Como conciliar tudo?

Acreditando que seria terrível viverem separados, oraram muito pedindo para que a transferência do marido não se concretizasse. Em vão.

Oraram para que ela conseguisse um emprego para si e escola para os filhos, na outra localidade. Também em vão.

O marido passou a vir para casa só nos finais de semana.

Então, quando ninguém esperava, uma reviravolta administrativa, uma tarefa que se findou antes do previsto e eis todos juntos, sem mudança.

O não de Deus para os seus pedidos fora mesmo providencial.

Até quando o pai de Beti, já idoso, adoeceu, Deus não atendeu o que lhe foi pedido.

Todos oravam para que se curasse das mazelas. Beti se lembrou de uma frase do marido: Tenha fé na resposta de Deus, querida.

Descobriu que estava orando incorretamente.

Pediu então: Meu Deus, sei o que desejo, mas pode não ser essa a melhor resposta para meu pai.

Ele também é uma das Tuas criaturas. Seja feita a Tua vontade e não a minha.

O pai morreu duas semanas depois. Ela pensou nos anos de invalidez que o adorado pai teria de suportar, se tivesse sobrevivido.

Disse baixinho: Foi a resposta de Deus.

Por tudo isso, no aniversário de casamento, ela entregou ao marido um cartão com os dizeres: Você não é o marido que eu esperava...

Colocou uns pontinhos para dar um ar de suspense e concluiu: Mas com certeza é o melhor que Deus escolheu para mim. Ele sorriu e entendeu.

* * *

Analisar o que nos ocorre é importante.

A resposta Divina sempre chega, embora de um modo geral, não exatamente como se quer.

Assim é o concurso que hoje não se consegue vencer.

O imóvel cuja negociação não dá certo, até o casamento idealizado e que acaba no noivado.

Tudo tem sua razão de ser. Razão que a Divindade conhece e que devemos buscar entender.

* * *

Deus te ama e tu percebes. Sua ternura te rocia a face e Suas mãos te sustentam.

Seu hálito te vitaliza e Sua voz silenciosa chega até teus ouvidos, com bênçãos, com esperanças e com orientações.

Deus vive, manifesta e dilata o Seu amor através de ti. Tu o sabes... e onde estiveres Ele estará sempre contigo.

Pensa nisso, mas pensa agora!

Redação do Momento Espírita com base em história de autoria desconhecida e no cap. 31, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.

AMOR VERDADEIRO




Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.

Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

"Meus filhos, foram 55 bons anos...

Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo."

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:

"Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.

Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.

Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.

Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim..."

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:

"Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia."

E, por fim, o professor concluiu:

Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

* * *

O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.

O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.

Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo.

O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: O que será de mim?

Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: O que será dele? Ou, ou que será dela?

Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.

E você, está aproveitando o seu casamento para construir um verdadeiro amor?

Redação do Momento Espírita, baseado em história de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.

DESAFIO DA INDULGÊNCIA



O relacionamento humano é feito de grandes desafios para o mundo íntimo de cada um de nós. Sempre que nos propomos a nos relacionar, a nos aproximar de alguém, inicia-se a oportunidade de uma nova jornada de aprendizado.

Isso se dá porque não há quem não traga, no seu campo emocional e moral dificuldades de pequena ou de grande monta.

Alguns nos apresentamos egoístas, sempre pensando em nós e nos nossos, com dificuldades para sintonizar com a solidariedade.

Outros, mostramo-nos orgulhosos, colocando-nos em uma posição irretorquível, sem possibilidades ao diálogo ou à crítica construtiva, afastados da humildade que traz o aprendizado.

Não são poucos aqueles que, vestindo-nos da ganância, buscamos sempre mais e mais, disputando mesmo o pouco, que já nos será excesso, na única justificativa de amealhar mais, distanciando-nos da generosidade para com o próximo.

Somos todos nós esses que, ora aqui, ora ali, apresentamos as dificuldades de que ainda somos portadores, constituindo-se a reencarnação a grande escola de reforma das questões da alma.

Desta forma, se temos nossas dificuldades, se ninguém está isento dessa ou daquela atitude, palavra ou pensamento menos nobre, estamos todos em um grande processo de aprendizagem, diferindo muito pouco uns dos outros.

Pensando sob esse prisma, por que julgamos tão severamente nosso próximo? Por que temos sempre olhos tão atentos para as falhas de quem convive conosco, analisando, julgando e criticando?

O simples fato de percebermos que erramos porque ainda estamos em um processo de aprendizagem, nos deve remeter a pensar que seria muito melhor usar da indulgência para com as ações do próximo.

A indulgência será essa capacidade de olhar com olhos de compreensão frente à falha do nosso próximo, tentando entendê-lo, ao invés de julgá-lo, muitas vezes de forma ácida e contundente.

Ao sermos indulgentes, colocamos a doçura no olhar, a compreensão na mente, e a suavidade na fala, entendendo que o erro do próximo não é muito diferente dos erros que nós mesmos cometemos.

E será o sentimento de indulgência que conseguirá diminuir a dureza com que medimos as atitudes de nossos companheiros, amigos, parentes, dando-nos um tanto de compreensão para com eles.

Exigir a perfectibilidade de alguém é ilusório, senão cruel. Assim, mais coerente é entender que os erros fazem parte do processo de aprendizado em que nos encontramos inseridos.

E o erro daquele que convive conosco pode ser a oportunidade para o aprendizado da compreensão, do entendimento e da fraternidade incondicional.

Portanto, da próxima vez que estivermos tentados a julgar a atitude de alguém, perguntemo-nos por que a pessoa agiu daquela forma, o que a levou a tomar tal atitude.

Com alguma reflexão, talvez concluamos que se fôssemos nós no lugar dela, agiríamos, quem sabe, muito pior.

Exercitemos a indulgência no olhar, no pensar, no julgar os que convivem conosco, e conquistaremos a paz daqueles que conseguem ver a Humanidade matriculada em um grande colégio, objetivando que aprendamos as lições da vida.



Redação do Momento Espírita.