SEJAM BEM-VINDOS(AS)!!! DEUS É PURA BONDADE, NÃO PUNE, EDUCA, NÃO É VINGATIVO, MAS JUSTO. ENFIM, DEUS É O MELHOR AMIGO QUE ALGUÉM PODE TER, E EM MOMENTOS DIFÍCEIS, QUANDO MUITAS VEZES PENSAMOS QUE ELE NOS ESQUECEU, SE ABRIRMOS NOSSO CORAÇÃO, IREMOS ENXERGAR MUITO ALÉM DA NOSSA VISÃO LIMITADA, ENTENDENDO QUE TUDO ELE FAZ NO DEVIDO TEMPO. ESSE BLOG É UMA PROVA DISSO!! ASSIM SEJA!!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
ATENTADO À DIGNIDADE
Quando você comete um equívoco qualquer, o que espera dos outros com relação ao seu ato infeliz?
Salvo os casos patológicos, as pessoas esperam que os outros tolerem e desculpem seus erros, ou, então, que as ensinem a fazer o certo, não é verdade?
Todavia, mesmo com esse entendimento, não é assim que agimos com relação aos equívocos das outras pessoas.
Um exemplo disso é o infeliz sistema de recuperação de presos vigente em nosso país e em outras nações da terra.
É um sistema que atenta contra a dignidade humana e dificulta a recuperação do delinqüente, tornando-o ainda mais rebelde e mais criminoso.
Abandonado pela sociedade o preso busca apoio naqueles que lhe inspiram ódio contra esta que lhe parece injusta, acumulando sentimentos de agressividade e ressentimento para descarregar mais tarde naqueles que consideram responsáveis pelo seu encarceramento.
Ao invés de entender a prisão como uma forma de reparação do mal praticado, nela vê somente um instrumento de punição e de crueldade, que mais o degrada e enlouquece.
Não raro, indivíduos que cometem pequenos delitos são obrigados à convivência com pessoas inescrupulosas, em pequenas celas, onde aprendem com requinte de detalhes a criminalidade.
Nesses casos, em vez de se resolver o problema, se cria um ainda maior, aumentando o número e o grau da delinqüência.
Já é tempo de se pensar em resolver problemas e não agravá-los com métodos remanescentes dos tempos medievais, de torturas e degradações contra o ser humano.
De um modo geral, isso se dá por causa do conceito que se faz do mal, sob seus vários aspectos, confundindo-se o mal, propriamente dito, com aquele que o pratica.
Talvez seja por isso que não temos sido eficientes nesse combate.
Para agirmos corretamente em prol do saneamento moral, é preciso não confundir o crime com o criminoso, o vício com o viciado, a rebeldia com o rebelde, do mesmo que não confundimos o doente com a doença.
Do mesmo modo que se combatem as enfermidades e não os enfermos, assim também se devem combater o crime, o vício, a rebeldia, e não o criminoso, o viciado, o rebelde.
O mal não é intrínseco no indivíduo, não faz parte da natureza íntima do espírito, mas é uma anomalia como são as outras enfermidades.
O bem, tal como a saúde, é o estado natural inerente ao ser. Um corpo doente constitui um caso de desequilíbrio, precisamente como um espírito transviado, rebelde, viciado ou criminoso.
Portanto, os distúrbios psíquicos devem ser tratados com o mesmo cuidado que se tratam as doenças do corpo.
Assim como não resolvemos o problema das doenças batendo no enfermo e punindo-o, também não devemos combater os problemas morais espancando e punindo o delinqüente.
Pode-se e deve-se envidar esforços para que o criminoso se restabeleça e se integre na sociedade como um cidadão sadio, cumprindo as penas estabelecidas pelas leis com dignidade e confiança e não como um ser imprestável, pois ele também é filho de Deus.
Agindo assim daremos o devido valor às palavras do cristo quando recomenda que amemos os nossos inimigos e façamos o bem aos que nos fazem mal, porque ele não proclamou somente um preceito de alta humanidade; proferiu uma sentença profundamente pedagógica e sábia.
A benevolência, contrastando com a agressão, é o único processo educativo capaz de corrigir e regenerar o equivocado.
***
Num tempo não muito distante, os processos arbitrários e injustos cederão lugar a mecanismos de educação e de reeducação, assim como de crescimento moral, através dos quais aqueles que delinqüirem encontrarão misericórdia e amor conduzindo-os ao equilíbrio e à paz.
(Texto baseado no cap. O Criminoso e o Crime, do livro Em Torno do Mestre e da pergunta 78 do livro Atualidade do Pensamento Espírita).
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